Richard Bandler
by Jean Takayama · Published · Updated
Chamado de o pai da PNL, Bandler nasceu em Nova Jersey, EUA, em fevereiro de 1950. Mudou-se para a Califórnia, onde viveu grande parte de sua vida. Atualmente reside na Irlanda. É cocriador da PNL–Programação Neurolinguística em parceria com John Grinder e Frank Pucelik. Podemos afirmar que Bandler é matemático, programador, filosofo, psicólogo, modelador, professor e autor de vários livros.
Robert Spitzer, editor de “Science and Behaviour Books” contratou Bandler, então estudante universitário na Califórnia, para analisar e catalogar vídeos demonstrativos de sessões de Fritz Perls – 1893 – 1970, criador da chamada gestalt- terapia. Neste processo, Bandler detectou certos padrões na atuação de Perls e, usando suas habilidades de programação, acabou criando um modelo destas técnicas e dominando os padrões usados por Perlz. Bandler chegou a imitar o sotaque alemão, deixou a barba crescer e começou a fumar, tudo para identificar os padrões que funcionavam ou que não eram parte do modelo, eliminando tudo o que não era relevante depois para chegar em um modelo que gerasse os mesmo resultados de Perls.
Juntamente com Frank Pucelik, professor de num grupo de estudos terapêuticos, conseguiu resultados idênticos ao de Fritz Perls, ou até melhores. Após debate com um professor de psicologia da Universidade da Califórnia, campus de Santa Cruz, foi-lhe dada oportunidade de formar um grupo em que ensinaria gestalt-terapia. (Nas universidades brasileiras certamente jamais teria conseguido tal autorização). A universidade exigiu que Bandler fosse supervisionado por um professor. John Grinder, então professor da Universidade, especialista em linguística transformacional, aceitou a missão de supervisionar o universitário Richard Bandler. Grinder ficou encantado com os resultados obtidos por Bandler que tinha, então, apenas 22 anos.
Ele se propôs a determinar os padrões linguísticos que geravam as mudanças e, em contrapartida, pediu a Bandler que o ensinasse a utilizá-los. Grinder se dedicou durante vários meses a estudar Bandler, enquanto este contatava e modelava Virginia Satir, Gregory Bateson, e tantos outros cientistas. Depois de um tempo iniciaram o que chamaram “grupo espelho”, onde Grinder fazia experiência com os padrões linguísticos que iam obtendo. Robert Spitzer, editor e amigo, apresentou Bandler a Virginia Satir, considerada a maior autoridade em terapia familiar. Bandler modelou suas habilidades de manejo e solução de problemas familiares bastante sérios.
Bandler relacionou-se e plantou uma amizade com Gregory Bateson, antropólogo britânico, especialista em comunicação e teoria de sistemas, então casado com Margareth Mead, também antropóloga reconhecida mundialmente. Bandler era vizinho de Bateson e, segundo algumas fontes, reunia-se com frequência com Bateson para jogar partidas de xadrez, regadas a uísque escocês e vinho californiano. Foi Bateson quem colocou Bandler em contato com Milton Erickson, o famoso hipnoterapeuta americano. Bandler visitou-o diversas ocasiões, modelando suas habilidades. Richard Bandler estudou e aprendeu o desempenho de pessoas muito habilidosas em seus campos de ação, criando equações que geram forma a um modelo de padrões específicos reproduzíveis para qualquer pessoa.
Tais modelos estão baseados num denominador comum entre diferentes pessoas possuidoras de uma mesma habilidade (Pearls, Satir, Erickson), ou seja, criar técnicas com mínimo de elementos ou variáveis, que permitissem obter um mesmo resultado. Mas Bandler foi mais além do que simplesmente determinar padrões linguísticos e reproduzir as habilidades de outros. Bandler demonstrou que se pode imaginar um modelo “matemático” do comportamento humano.