Um Problema cada vez mais comum dentro das famílias hoje é ter um adolescente que se automutilação, gerando transtornos e dificuldades diversas dentro do lar.
Automutilação é o ato intencional de causar agressão ao próprio corpo e é mais comum na adolescência, onde ocorre a transformação física e neurológica, a conhecida transição da infância para a fase adulta.
O Adolescente
O Adolescente normalmente é introspectivo, isolado e tem uma auto estima baixa, tendo dificuldade de lidar com as próprias emoções.
Em alguns casos podem apresentar uma agressividade extrema, sendo uma defesa natural do cérebro para proteger o comportamento.
Também o comum o adolescente ter resultados negativos na escola e nos relacionamentos com colegas, tendo um circulo bem fechado de contato com amigos.
Passam muito tempo sozinhos o que pode ocasionar contatos virtuais com outros adolescentes com os mesmos problemas, o que pode piorar o hábito entre eles, uma vez que o cérebro entende que é um comportamento comum.
Muito comum é estes adolescentes se diferenciarem de alguma maneira da sociedade, como por exemplo no caso de pintar o cabelo com cores chamativas e o uso de muitos piecings.
Isso não quer dizer que quem tem os cabelos coloridos ou muitos piercings seja um automutilador, mas em 90% dos adolescentes que já atendi que enfrentavam este problema estas características eram comum entre eles.
O que mais ouço durante as consultas, é a dificuldade de comunicação com os seus educadores.
A falta de entendimento ou mesmo a falta de uma visão referente ao assunto acaba que distanciando os adultos do problema e também destes jovens.
Formas de Automutilação na Adolescência
Existem várias formas de um adolescente se automutilar, dependendo da sua criatividade e necessidade de esconder. Uma vez que, normalmente mutilam-se em áreas do corpo que podem esconder com facilidade. Como os braços, as pernas, as coxas, o abdómen, etc…
As formas mais comuns de automutilação inclui o cortar-se com giletes, navalhas, facas, vidros, agulhas, pregos, canetas ou outros objectos cortantes. Contudo existem outras formas de automutilação:
- – Queimar-se (cigarro, produtos químicos);
- – Morder os lábios até fazer feridas, a língua, os braços ou as mãos;
- – Esmurrar-se e/ou chicotear-se;
- – Reabrir feridas;
- – Beliscar-se e/ou bater em si próprio;
- – Arrancar os próprios cabelos;
- – Enforcar-se por alguns instantes;
- – Esmurrar-se contra paredes ou outras superfícies ásperas;
- – Medicar-se exageradamente, mas sem intenção de suicídio.
Mas por que eles tem este comportamento?
Este comportamento nada mais é do que um aliviador de dores emocionais, uma vez que eles acumulam uma grande quantidade de problemas emocionais e não sabem lidar com estas experiencias de geradores de stress emocional.
Ao provocar a dor física, nosso cérebro libera neurotransmissores que promovem o socorro a dor, a endorfina.
A endorfina é um hormônio produzido na hipófise e liberada na corrente sanguinia, fazendo a comunicação com outras células do corpo, promovendo uma sensação de bem estar.
A endorfina liberada no organismo melhora nosso sistema nervoso central, melhorando assim a elevação da auta estima do adolescente, reduzindo os sintomas de depressão e de ansiedade.
Composta por 31 aminoácidos, a endorfina é produzida em resposta à atividade física e durante o orgasmo, visando relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia e bem-estar.
Vamos entender um pouco melhor os efeitos deste hormônio:
- Melhoram a memória;
- Melhoram o bom humor;
- Aumentam a resistência;
- Aumentam a disposição física e mental;
- Melhoram o nosso sistema imunológico;
- Bloqueiam as lesões dos vasos sanguíneos;
- Têm efeito antienvelhecimento, pois removem superóxidos (radicais livres);
- Aliviam as dores;
- Melhoram a concentração.
- Melhoram a vida sexual
O consumo de chocolate e pimenta também estimula a produção de endorfina.
Resumindo, a mutilação se torna um comportamento viciante para o cerebro que cria uma dependência deste hormônio.
Em breve irei portar o que podemos fazer nos casos onde temos este problema dentro de casa, além de falar sobre como podemos prevenir que isso ocorra.
Um grande abraço e até o próximo post.
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